SERINGAL
Sangra, seringueira, sangra,
que não és milho,
não és mandioca,
nem feijão.
O teu sangue não sustenta,
não é comida
ao homem,
ao gado,
nem mesmo ao cão.
O milho, a mandioca, o
feijão,
cumprem seu fado,
dão frô e fruto,
são comida pro matuto.
A seringueira se consome em
vão,
ao jogo da Civilização
ou pecado original,
mercado, indústria, Ciência
irracional.
A borracha sangra, tortura
aquele pau, feito gonorréia,
que seu sangrar é pus branco
descendo em perene diarréia.
Marcos Satoru Kawanami
6 comentários:
parabens a Marcos, qta razao! e voce meu genial Tonho, que coisa tao - ja nem sei que dizer - mas repito OTIMA!!!!!
beijos enormes aos dois!!!
Uma dupla genial!
Beijossss
Sam.
Tonho, o Marcos com sua ironia e sarcasmo consegue dar dimensão às coisas mais banais(ou não).
A sua arte corrobora bem com esse sujeito nem um pouco oculto.
Aplausos aos dois!
Poesia de gente grande por aqui...
Belo!
bjss meuss
CAtita
Boa Tarde,
Gostaríamos de lhe fazer uma proposta, caso tenha interesse em conhecê-la pedimos a gentileza de que entre em contato conosco pelo e-mail divulgacao@jurua.com.br.
Atenciosamente,
Alex Chagas
Juruá Editora
Para maior de 18 anos.
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